quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Floreio de Iansã

Floreio de Iansã
Ceci Medeiros

 
      A chuva é o suor que
sobra da dança de Iansã.
        Lágrima é chuva nos olhos
dos vivos amantes que a
deusa deixou para trás.

Mãe da passagem,
Senhora do portal,
Força da terra,
dona da luz que
ceifa os céus.

Mestra do vermelho.
Vestido de sangue,
Saia que fecha caminho.
Seio seco do chão,
Espada prateada que
rasga o véu escuro da visão.

Dona da tempestade
que lava a terra
Escuta as palavras da
tosca poeta que rumina
faíscas da mata de prédios
que prende o elétrico em
 urbanos bambus

Ceci Medeiros & Kirty Ford

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