sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Série Amantes


Mostra de fotos e pinturas explora o contraste entre a paixão e o fim do amor
"Detalhes de cenários urbanos podem conter indícios sobre a experiência do encantamento amoroso ou da angústia da separação. Este é o argumento da exposição Amantes – Conflitos e Paixões entre Luz, Cor e Memória, fruto da parceria entre a artista plástica Ceci Medeiros e a fotógrafa Kyrti Ford. A mostra será lançada no próximo dia 25 de novembro, na Biblioteca Pública de Olinda, e fica em cartaz até 15 de dezembro. Este é o último evento do ano no calendário da biblioteca, compondo a programação do Olinda Arte em Toda Parte, edição 2011.

“Esquinas, portas, janelas e pedaços de uma rua pouco movimentada são como marcos silenciosos e cúmplices de encontros e desencontros amorosos”, sentencia Kyrti. São cinco fotos P&B em película realizadas em Olinda, e outras cinco fotos digitais coloridas tiradas no Recife. Ceci fez uma releitura das fotografias em P&B criando telas com tinta acrílica em diversas cores, e produziu quadros em tons que variam do preto ao branco para interpretar as imagens coloridas. 

A contraposição de técnicas e estéticas remete ao contraste que em princípio alimenta a atração entre os amantes, mas que, eventualmente, termina por separá-los. Irmãs e rivais, as cidades de Olinda e Recife espelham essa oposição e viram cenário de um passeio das artistas pelo caminho percorrido por quem já amou. “Vislumbrei as fotos de Kyrti e precisei urgentemente falar sobre elas, por isso escolhi a minha grande paixão, a tinta acrílica, para comentar essas imagens que me tocaram”, explica Ceci."


Aos pés de Níobe
Kyrti Ford
2011


As perdas de Níobe (Releitura)
Ceci Medeiros
2011


Misericórdia
Kyrti Ford
2011


Caridade (Releitura)
Ceci Medeiros
2011


Promessa
Kyrti Ford
2011


Dúvida
Ceci Medeiros
2011


Senhor e Senhora
Kyrti Ford
2011


Espera (Desgosto de filha)
Ceci Medeiros
2011

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Floreio de Iansã

Floreio de Iansã
Ceci Medeiros

 
      A chuva é o suor que
sobra da dança de Iansã.
        Lágrima é chuva nos olhos
dos vivos amantes que a
deusa deixou para trás.

Mãe da passagem,
Senhora do portal,
Força da terra,
dona da luz que
ceifa os céus.

Mestra do vermelho.
Vestido de sangue,
Saia que fecha caminho.
Seio seco do chão,
Espada prateada que
rasga o véu escuro da visão.

Dona da tempestade
que lava a terra
Escuta as palavras da
tosca poeta que rumina
faíscas da mata de prédios
que prende o elétrico em
 urbanos bambus

Ceci Medeiros & Kirty Ford

A Ponte de Mica

A Ponte de Mica
Ceci Medeiros
2011

Tecelã

E vamos seguindo!!! Cortando cordões e tecendo outros...
Ah... mas devo confessar... como eu gosto dos meus barbantes mal aparados...
Adoro me enroscar feito felino em novelos sem fim de paixões mal resolvidas, de amores bem vividos e que podem ser revividos... nem que por uma horinha no banco de trás do carro no estacionamento, ou num furtivo movimento dentro da sala acústica da escola de música ou na cadeira fria do consultório, que repentinamente enche-se de cores quentes...
Ah meus novelos... amo brincar com eles, passar-lhes as unhas, até desfiá-los por
completo, até sobrarem apenas nuvens, tão leves que possam ser sopradas para longe, assim
como as frágeis pétalas da flor dente de leão, que passeiam sendo confortadas pelo vento até
se deitarem em solo novo e renascerem para tecer novas histórias, tecer novos cordões.

Ceci Medeiros

Yemanjás

Yemanjás
Ceci Medeiros

"Rosas pra Yemanjá eu vou levar! Yemanjá, meu orixá é só bondade, protege tanto a gente com o seu manto azul de paz, amor e luz. Yemanjá, leva pro mar essa saudade, da terra mãe distante, minha vonta de de chorar leva pro mar. Yemanjá, dona do mar! Oh divindade! No borbulhar das ondas ouço sua voz me abençoar linda sereia!"

OXUMPANDÁ

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Série Big Ben

Big Ben I
Ceci Medeiros
Jose Echenique


Big Ben II
Ceci Medeiros
Jose Echenique


Big Ben III
Ceci Medeiros
Jose Echenique


Big Ben IV
Ceci Medeiros
Jose Echenique


Big Ben V
Ceci Medeiros
Jose Echenique


Imaginar a ação...
Ja imaginou isso?
Imagem, algo que pode ser engessado.
Uma imagem pode ser exatamente uma.

(especulação)
"Imaginar" uma ação é pô-la em uma imagem para melhor visualização.
Uma ação "imaginada".
Somente a imagem da ação.
Uma imagem.
Ação?
Imaginação: acionar uma imagem ou um conjunto delas.

Loucuras matinais...

Ceci Medeiros 

Terapia moderna

Ronald & Lucille
Ceci Medeiros
Felipe Querette
Thiago Medeiros (fotografia)


Difícil é encontrar o "cão" que consiga me registrar sem se assustar tanto com minhas loucuras... um ser também repleto de loucuras próprias para que eu possa apaziguar as minhas... que consiga viver com um pouco mais de poesia do que os de outrora... que simplesmente transformam a poesia que pode se transformar uma xícara de café e um paozinho do dia em nada mais que "café da manhã"... onde e como encontrar esse cão danado que também queira correr atrás de um "rabo" como o meu... que leia um espreguiçar pela manhã como um poema em andamento... Que mergulhe em minha loucura noturna e consiga me tirar de lá ao amanhecer, que sonhe melodias e acorde cantando...enfim...que ligue o som com música boa assim que acorde pela manhã....
Ceci Medeiros

Ponto

“O ponto é o resultado do primeiro encontro a ferramenta com a superfície material, o plano original. Papel, madeira, tela, estuque, metal etc. podem constituir essa superfície material. Lápis, goiva, pincel, pena ou buril podem ser a ferramenta. Por esse primeiro choque o plano original é fecundado.” 
(KANDINSKY, 2001, p.21)

Cutucando Cazuza...

     Cecilianamente...eu quero a sorte de um amor tranquilo...com sabor de fruta pra lá de mordida... batida...embalo de rede... matar a sede na saliva, ser pão, ser comida, ser melodia, ser poesia, ser a rica farofinha do Jobim, ser a menina do anel de Lua e Estrela do Caetano...todo amor que houver nessa vida, e algum trocado, nada demais, só pra comprar o gás, ver o filme em cartaz, que de pra me arrumar um pouquinho pra ouvir que "estou linda demais", só pra quebrar monotonia, achar tua fonte escondida, te alcançar o mel e a ferida... corpo-furacão, mente-sem-fusão, alegria-melancolia, alegria-alegria, sem remédio, sem veneno... só sendo artista no convívio pra viver poesia...transformar o tédio em melodia...
Ceci Medeiros

Cajú em Flor

Cajú em Flor
(interpretação por Ceci Medeiros).

·         A música é reveladora de almas...nos coloca pra fora d e nós memos, e ao mesmo tempo, nos confronta com nossa porção mais íntima. Um bom amigo uma vez disse: nada mais leve do que a música... E respondi a ele, básica e pragmaticamente: a múscia não tem peso certo nem estipulado...a não ser o peso que lhe cabe no momento. Faz um mergulho na relatividade...traz-nos o que merecemos e precisamos no tempo certo... a música verdadeira nunca erra em tempo e espaço... nos desnuda, nos entrega...mas nunca nos corrompe.

Ceci Medeiros

Insônia

Insônia
2012
Ceci Medeiros

·         A insônia é um processo injusto...você acredita que poderá aproveitá-la para alguma coisa que preste...mas é tudo ilusão. A insônia é egoísta, ela não permite que você pense em mais nada, a não ser nela (ou...se existir algum motivo causador...neste). É uma companheira pontual, sempre surpreendente... Um tanto vazia, solitária. Não nos abandona tão facilmente essa velha amiga, no máximo tira umas férias, mas sempre volta. Esta noite tenho o privilégio de estar em sua companhia, e somente sua companhia, pois ela por si só... se basta.

CCeci Medeiros

O Escuro

O Escuro
2007
Ceci Medeiros

A noite mais escura é tão maravilhosa..., não falo de baladas, festas sem fim, bebedeiras e tal (não que isso não seja bom) mas as vezes esqueço de como a noite, com tudo que ela pode trazer ao pensamento, pode ser linda, silenciosa, reflexiva, sincera ... A noite mais escura é produtiva, faz surgir luminosidades verdadeiramente reais. A noite nunca mente, tem vida própria, cabelos negros, olhos grandes e intrigantes, olhos de gato-ladrão...a me observar de alguma forma.
 Ceci Medeiros

Dúvida

Dúvida
2011
Ceci Medeiros

·      A espera constitui uma dor diferente da dor da tristeza, da traição, do remorso, da culpa, do machucão no dedo do meio do pé depois que se tropeça com ele na porta. A espera tem sua própria dor, muito específica por sinal, seja ela por um resultado de exame, de concurso, de um amor, de um ônibus, do correio, do remédio para dor de cabeça pedido por telefone na farmácia... uma dor sem elegância, por mais que se tente mantê-la... Um incômodo fluido que segue passeando por entre as entranhas do pensamento e do corpo... Começa na cabeça, depois entra pelo estomago, desce um pouco mais... chega na barriga, começa a saltitar, pode-se até sentir a espera como que cobra rastejante, do pé da barriga até o lado esquerdo superior do tronco e de volta ao pé da barriga...Primeira cruzada de perna...segundo cigarro...terceiro cafezinho...quinta olhada no relógio...dormência no pé direito...segunda cruzada de perna...primeiro palavrão (adeus o pouco de elegância que restava), primeira estipulação de tempo (só vou esperar até...) como uma promessa, e se tiver alguém do lado para testemunhar...é ainda mais gratificante! Segundo palavrão, nova estipulação...essa é pra valer! ........................Definitivamente... melhor arranjar o que fazer.

Ceci Medeiros

Mudança de Foco

Espera
2011
Ceci Medeiros

A vida as vezes fica muito mais agitada do que a gente prevê... contudo escutei de uma boa amiga por esses dias que se assim não o fosse...não teria a menor graça...  As vezes penso que é melhor deixar tudo como está, pois talvez o equilibrio seja a melhor coisa que se possua... Mas também e preciso pensar que se certos desequilibrios não ocorrem, você pode perder oportunidades fantásticas de se descobrir. As vezes passa-se a vida toda tentando se preservar tão intensamente um ponto de equilibrio, uma referencia, que você não percebe que aquela referencia não chega nem perto do que você realmente é, sente ou quer... Por vezes so se descobre o que se é quando perde-se a referencia, aquela que a gente muitas vezes usa por não querer ou não conseguir conviver com aquilo que realmente somos e sentimos... então, que tal perdermos as referencias, ao menos algumas delas? Eu mesma ando fazendo um boliche com as minhas... claro que um certo desequilíbrio acontece, você não tem muito com o que se segurar... e precisa sentir TUDO...mas digo que estou AMANDO a experiencia!   
 
Ceci Medeiros